#PraCegoVer: Ilustração com fundo preto, mostra uma mulher com uma peixeira na cintura, carregando um cacho de banana e em volta dela flores e outros alimentos como: beterraba, cenoura e mais bananas. Além disso, há uma cobra andando com ela.
Imagem disponível em: https://www.instagram.com/p/CMdIZylHYwO/
"Alimentos ficam 28% mais caros em 2021; é o maior nível em 10 anos"
Esse é o título da matéria do site Ig, na aba Economia. De acordo com a agência de alimentos da ONU, as esperanças de um retorno mais estável às condições antigas de preços são mínimas e as variações nos preços dos alimentos estão cada vez maiores. Tendo com base essa premissa e o preço dos legumes e verduras mais altos (tomate R$12,00 o Kg, cenoura R$14,00 nos grandes centros e entre outros), é possível que o veganismo, na sua verdadeira forma popular e acessível, ainda seja a forma mais viável em termos financeiros para a população geral?
Antes de tudo, é necessário diferenciar o veganismo popular do veganismo que atinge as grandes mídias: Individual, liberal e transformado em um grande nicho de mercado para obter lucro, com nomes e ingredientes totalmente inacessíveis à maioria da população brasileira.
No veganismo popular, é possível enxergar uma luta transversal, com consciência de classe e que busca entender não só a opressão passiva imposta sobre os animais, mas também a existência de um projeto de genocídio sob a população preta, pobre e/ou periférica do país quando os alimentos ultraprocessados são mais baratos que comida de qualidade.
Isso também pode ser definido por nutricídio, cunhado pelo Doutor Llaila O. Afrika, que discute as grandes mudanças que invasões europeias levaram para a saúde das populações negras em geral. Os alimentos ultraprocessados são opções mais baratas e cheias de toxinas para o corpo humano. Essa forma de segregação é refletida dos tempos escravistas até os dias atuais, a população não tem mais acesso ao que antes era até plantado por ela própria.
Entender esse projeto de indução, além das influências culturais e o estímulo à desinformação de que uma dieta baseada em plantas não é o suficiente para os corpos, é também a chave para compreender que essa dieta é sim a opção mais nutritiva e em conta no mercado, o documentário "Dieta de Gladiadores", disponível na Netflix, traz dados cartesianos sobre o rendimento da dieta vegana no organismo ao comparar amostras sanguíneas de atletas veganos, não veganos e em transição de dieta, os resultados se mostraram a favor do veganismo, identificando menos gordura no sangue, maior energia no corpo e outras melhorias no corpo do atleta vegano.
Assim, enquanto existirem discursos comemorando que o consumo de carne diminuiu baseado na miséria de grande parte da população, estaremos cada vez mais distantes do ato político e do fim da exploração animal. É preciso que pessoas dentro de suas realidades pautem o veganismo o tornando um conhecimento simples, acessível e anticapitalista, como é o caso de diversos perfis periféricos como: @xepaativismo @veganoperiferico e @sapavegana tem feito como um trabalho de base para que possamos de fato alcançar a soberania alimentar. Tornar o discurso e a prática acessível para a maior parte da população é o melhor caminho possível. O perfil @veganoperiferico produziu um documentário independente com o mesmo nome "Vegano Periférico" e está disponível no Youtube, o documentário apresenta o veganismo de forma acessível ao popular e demonstra que ser vegano é mais do que ter uma dieta verde, é realizar um ato político.
#VeganismoPopular #Veganismo #Crise #Inflação #PreçoAlimentos Lucas Moreira Pinto, graduando em Sistemas de Informação pela EACH-USP Referências Bibliográficas
O Veganismo Popular não comemora o aumento do preço da carne, atualizado em 10/06/2021. Disponível em: https://midianinja.org/xepaativismo/o-veganismo-popular-nao-comemora-o-aumento-do-preco-da-carne/ Acesso em: 25/02/2022.
Alimentos ficam 28% mais caros em 2021; é o maior nível em 10 anos, atualizado em 06/01/2022. Disponível em: https://economia.ig.com.br/2022-01-06/alimentos-mais-caros-2021.html. Acesso em: 25/02/2022.
PRECISAMOS FALAR SOBRE O NUTRICÍDIO Disponível em: https://freesoulfood.com.br/precisamos-falar-sobre-o-nutricidio/. Acesso em: 24/01/2022
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