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  • Foto do escritorCineGRI

O projeto de extermínio das populações autóctones brasileiras.


#ParaTodosVerem: Fotografia de mulher indígena segura bandeira brasileira manchada de tinta vermelha, representando sangue, em manifestação pró direitos indígenas.

Fonte: https://outraspalavras.net/crise-brasileira/o-que-se-trama-contra-os-povos-indigenas/



Donos por direito da Terra, as populações indígenas brasileiras porém são consideradas como invasoras, pesos mortos ao projeto de “desenvolvimento” econômico em áreas de preservação e terras demarcadas. Tal processo se desenvolve em situações e locais onde não há a correta manutenção dos direitos básicos e de preservação das comunidades, além de também serem resultados da falta de demarcação de terras indígenas.

Nos últimos anos houve a redução de repasse de verbas para projetos de manutenção de projetos de auxílio e proteção para com as comunidades nativas por meio do governo Federal, propiciando para que a situação chegasse ao ponto que chegou em 2022, com cenários que relembram a época da colonização européia.


Considerados como “persona non grata” por muitos, os povos nativos do Brasil sofreram diversos massacres orquestrados que fazem parte de um genocídio maior no país. Como exemplo de tais acontecimentos temos desde a origem do contato entre população nativa e homem branco na colonização: guerras de conquista, instigação de conflito entre nações inimigas, introdução de doenças, além de torturas e abusos sexuais. Na era moderna, podemos citar o Massacre do Paralelo 11 onde o povo indígena Cintas-Largas quase foram extintos por um massacre coordenado que visava expulsá-los de suas terras em busca de exploração de recursos minerais e de uso das terras para plantio, através de um plano de exploração e habitação das terras ao norte do país. O episódio é retratado no filme “Avaeté - a semente da vingança” - 1985, Zelito Viana.


De acordo com as autoras Vançan e Rodrigues (2021) citando Valente (apud 2017, p. 210)


“Trata-se de uma chacina que dizimou por volta de 3.500 indígenas da etnia Cinta Larga, que ocorreu na região norte do Estado de Mato Grosso, à beira do Rio Aripuanã, cujas terras eram reservas de diamantes, de grande repercussão internacional à época dos fatos, e que foi comprovado de maneira ampla em processo judicial aberto no Estado de Mato Grosso.”





#ParaTodosVerem: Fotografia preta e branca de dois homens prestes a serrar ao meio mulher pertencente à etnia dos cinta-largas amarrada de cabeça para baixo. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_do_Paralelo_11




Nos últimos anos houveram diversas condutas e opiniões veiculadas em canais de mídia que opuseram os direitos e interesses indígenas às políticas aplicadas aos povos nativos. Dessa forma vai sendo criada uma mentalidade de que os povos indígenas são um peso para o Estado, além de parecerem estar incomodando buscando direitos e deveres. Porém, tal povo busca reconhecimento de terras e respeito por sua identidade cultural e social historicamente, tendo tido vitórias em poucas vezes e ainda sob muito custo. Dessa forma é imprescindível que voltemos nossa atenção para tais causas e busquemos ter ao menos a consciência e dever de conhecer e respeitar a história dos povos originários dessa terra.










Indicações de Filmes:


Piripkura. 2017 - Mariana Oliva, Bruno Jorge, Renata Terra


O documentário explora o crescente genocídio provocado por mineradores e madeireiros no território de mesmo nome. Aborda também sobre como as comunidades tentam lutar contra tais acontecimentos, porém sem o auxílio de instituições e políticas de proteção não conseguem manter sua terra e vidas, beirando a extinção.



Xingu. 2012 - Cao Hamburger


O filme retrata a história de exploração ao Oeste Brasileiro na década de 40 pelos irmãos Cláudio e Leonardo e seu processo de contato com as populações nativas da área do Xingu. O filme também faz um pequeno recorte de conquistas futuras dos povos em função do contato estabelecido entre os irmãos e as populações.


XETÁ. 2010 - Fernando Severo


Nos anos 40 e 50 houve um processo de colonização desordenado no noroeste do Paraná e aconteceu o contato entre uma população nativa que havia tido pouquíssimo contato com o homem branco. O povo Xetá acabou sendo expulso de suas terras e sofreu a quase extinção.


Lucas da Silva, Graduando em Administração - FEA, USP #Indígenas, #Exploração, #DireitosHumanos, #DonosDaTerra, #CadêosYanomami


Bibliografia:


Vançan, A. C., & Rodrigues, M. V. . (2021). O Massacre do Paralelo 11 e os Direitos Fundamentais a partir do Direito de Memória Indígena e a decolonização do Direito Brasileiro . RELACult - Revista Latino-Americana De Estudos Em Cultura E Sociedade, 7(1). https://doi.org/10.23899/relacult.v7i1.2135. Acesso em 23/05/2022 15:32


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